sobre as religiões (2)

Com a palavra, Leonardo Chevitarese:

sobre os direitos

Ir e vir, falar, crer, gostar, praticar... direitos assegurados por lei em função dos mais diversos assuntos como religião, sexualidade, opinião, música e tantos outros.

O direito de expressar a opinião, no entanto, me parece o mais importante, uma vez que a palavra é eterna e, é justamente esse direito o causador de tanto transtorno no passado e ainda vem causando hoje. A aporia aparece porque, afinal de contas, o mesmo direito que causa tanto estrago também produz coisa boa. Muitas campanhas magníficas se fortaleceram e tomaram contornos de realidade graças ao verbo, e que assim seja por muito tempo, especialmente quando visível o crescimento da tecnologia que faz cada vez mais pessoas saberem de cada vez mais coisas em cada vez menos tempo.

Pois o que me trouxe às palavras hoje foi não somente uma declaração estúpida que desmerece o tão aplaudido direito ao livre falar, mas também uma crítica muito bem feita, limitada numa parcialidade tão tênue que eu acho que pode até não existir.

Lendo a matéria, qualquer coisa que eu diga vai soar corretamente redundante, mas não vejo motivo nenhum para me privar de qualquer exagero de reação quando vemos tamanho exagero em ignorância.

Achei oportuno publicar sobre isso justamente por ter relação com o que eu havia dito antes sobre as múltiplas faces da religião e sua ação moldadora, mas, diante disso, não me embaraço de forma alguma em dizer que abro mão de qualquer opção religiosa por saber que isso diminui a lista de elementos comuns com os fanáticos que se multiplicam vertiginosamente.

Não é difícil perceber que, tão perigoso quanto eleger pessoas que pensem demais a ponto de se beneficiarem do poder público, é eleger pessoas com habilidades cognitivas visivelmente debilitadas, porque é a única justificativa para admitir esse tipo de posicionamento.

Outra preocupação é perceber que existem pessoas apoiando claramente a posição de Myrian em função tanto do respaldo religioso como em função da real partilha dessa ideia grotesca.

Pouco mais precisa ser dito. A matéria foi felicíssima e tudo saiu da maneira como deveria.